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Monday

"The Absence of a Wall"?

A cair sem ter uma parede onde me apoiar.
A parede que me falta é aquela que não é de cariz imaginário, se bem que é uma parede constante, um porto seguro e um obstáculo.
Tudo é limitativo.E muitas das vezes temos dilemas existênciais.Será melhor viver seguro e limitado? Ou então inseguro e livre?
Durante muito tempo vivi entre paredes. Fazia parte delas, de certa forma era eu mesmo uma parede, era o protótipo da segurança, inquebrável, até que um dia decidi abandonar esse lugar e de repente tudo deixou de ser cinzento, os dias eram maiores , com o sol como uma constante.
Vivi feliz , sonhei, e acima de tudo amei.
Até que um dia sem que eu me apercebesse que estava a viver um sonho, tudo acabou, o despertador tocou e eu acordei, exactamente no lugar onde tinha embarcado inicialmente ,os dias voltaram a ser cinzentos e mais curtos, tudo estava e era, como devia ser, com a excepcão da parede onde sempre vivi, aquela parede que era eu.
Todos dias me pergunto.
Será que fui eu que me perdi ou a parede que desapareceu?