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Saturday

Quando o cego vê e o surdo ouve, o mu(n)do tem que falar.

Fúrias distantes, intrépida oportunidade, o dia de amanhã foi sempre melhor.
Ecos distantes de uma paixão juvenil, num quadro perfeito onde não existe dôr.
Acaba o chávena de chá antes que seja verão, e os grifos nos pórticos sussurrem teu nome.
Hoje não me acredito nas verdades dos jornais, tenho o céu da boca em ferida e o sabor do sangue foi sempre melhor.
Quantos dias ainda tenho de esperar até ao pôr do sol?
Filosofia inacabada de uma pressão constante, espreito na porta onde me viste entrar, onde um é pouco, e dois são demais, e afinal o dom acabou por passar, e o que viste foi só uma efeito fugaz.
Dá-me so mais um minuto até acabar, e prometo-te um mundo que não te posso dar, o tempo é escasso, eu sei, está quase a terminar.
Vejo-te na festa? Ou será demasiado cedo para comemorar?
O cavalo negro, o castelo em ruínas e o bosque ardido foram só algumas das razões. Mas eu sempre acreditei que um dia fosse demais, e além de tudo que sempre existiu, há razões de sobra para que possa viver só mais um pouco na ténue dúvida que sou.
Arrasta o corpo, desimpede o caminho, pois agora é tarde para poder falar.