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Saturday

Improviso solitário de uma cegonha a colidir com o tempo

O mel transborda do mosaico enquadrado
O reflexo da luz na mesa de apoio
A necessidade de sentir o presente interminável
De obter as respostas, desconhecer as questões
Sinto-me vago
Uma nuvem prestes a acontecer
O paredão em ruínas do meu passado exemplar
Respiro um suspiro prestes a colidir
Esqueço os momentos que me prendem ao ínicio
E sinto-me uno com o imenso amor do meu potêncial
Sei quem tu és, mas não me conheço
Desejo-te a luz que nunca te pude oferecer
Sonho imenso, ainda que inacabado
Pertence as paredes dos templos dos nossos antepassados
Não existem fronteiras para esta semelhança
E o teatro improvisado arde ao sabor das cinzas
...O vento é meu aliado
Vórtice, paradigma, distância
Agradecimentos, desculpas e adeus