Hoje acordei ao som de uma musica na minha cabeça, uma canção sobre não estar aqui, de outros lugares paralelamente universais, da ausência do Eu, e do peso de algo aparentemente oculto, mas que ao mesmo tempo senti ser real.
Hoje experimentei a diferença, por momentos deixei de ser, e penetrei no desconhecido onde era os dois, Homem e Mulher, o som e o silêncio, o quadro e a fotografia, fui a totalidade e acabei por me anular.
Hoje rezei para que não houvessem religiões, para que o homem se liberte da escravatura dos padres e dos deuses, e para que renasça com o poder que criou, da fantasia eternamente fugaz ao esquecimento total em menos de um segundo.
Hoje foi o ultimo dia antes de amanhã.